sexta-feira, 28 de outubro de 2011

Uma semana por aqui no noviciado

Depois de ter passado quase três dias em Bogotá, fui para meu destino na Colômbia. E hoje completa uma semana que cheguei ao noviciado. Eis aqui alguns momentos dessa semana:

Esses são os noviços com os quais estou trabalhando mais diretamente:
os frades que estão em pé, da esquerda para a direita, são todos colombianos:
Frei Nelson, Frei Alejandro, Frei Fabián e Frei Jorge;
os que estão sentados são:
Frei Camilo (colombiano), Frei Laércio e Frei Magno (brasileiros).
A foto foi tirada na hora da recreação noturna.

Magno e eu, na mesma noite da recreação. No passei que fizemos de bicicleta (oba!), Magno não foi por causa de outros compromissos assumidos.

Celebro missas todos os dias, pelo menos uma. A foto acima é a da minha primeira missa presidida aqui na Colômbia. Foi domingo, dia 23, às 13 horas. Ao fundo, a altar-mor do santuário mariano Nuestra Señora de la Candelária.

Nesta primeira missa, Frei Jorge tocou violão e puxou o canto; Frei Camilo serviu como acólito.

Terça-feira chuvosa. Tem chovido bastante ultimamente, o que não é comum.
Eu, na parte nova do mosteiro, no andar de cima.

Em um dos dias de chuva acabou a luz. Essa "foto" foi tirada às duas da manhã, na madrugada de terça para quarta-feira. O breu era total. E estava muito frio.

A quarta-feira já amanheceu um pouco ensolarada. Aqui estou na parte nova do mosteiro, no andar térreo.

Na mesma manhã fomos andar de bicicleta: eu e todos os noviços, menos o frei Magno que não participou da bicicletada.

Depois de 6 km do mosteiro até Ráquira, paramos para esta foto "histórica". As bicicletas são velhas e não estão bem sintonizadas. E some-se a isso muito morro, pedalar fica muito mais difícil. Por aqui só tem montanha: estamos da Cordilheira dos Andes.

Depois de mais 6 kms, chegamos em Três Esquinas: um "quarteirão" em forma de triângulo, sendo:
Uma das esquinas é a que aparece ao final desta estrada. Entrando à esquerda na rodovia, se vai até Chiquinquirá (32 km) e até mesmo à Bogotá (uns 180 km).
A outra esquina é a que está ao final desta estrada. Entrando à direita na rodovia, vai-se, entre tantas outras localidades, à Capital do "departamento = estado" de Boyacá, Tunja.
E esta é a terceira das esquinas, que dá acesso à estrada que vai até Ráquira e depois até o Mosteiro El Desierto de La Candelária.

Esta "tienda = comércio" se chama Quatro Esquinas. Será que já estão pensando no futuro?

No caminho de volta passamos por dentro de Ráquira, a capital do artesanato do Estado de Boyacá. Nos deparamos com um desfile...
... aproveitamos para descansar um pouco...
... apreciara vista da praça central...
... e a parada em honra ao dia das crianças.

No caminho de volta, montanhas e mais montanhas. É o que mais tem por aqui. Lá embaixo está Ráquira.

Deste outro lado está o mosteiro, escondido entre as montanhas.

Ao todo pedalamos uns 25 km e, apesar de ter sido difícil (até para descer as montanhas estava difícil pela fata parcial ou quase total de breque nas bicicletas)

Nas próximas postagens, notícias da comunidade e do que se faz por aqui. Aguardem!!!

sábado, 22 de outubro de 2011

De Bogotá para o Mostero El Desierto de la Candelaria

Cheguei à Colômbia na terça-feira, dia 18, faltando um quarto de hora para as 17 horas, horário daqui. Por causa do horário de verão no Brasil e o fuso horário entre Colômbia e Brasil, a diferença é, atualmente, de 3 horas em relação ao horário de Brasília.
Passei quase dois dias e meio em Bogotá. Estava muito frio e chovendo quase o tempo todo.
Eis aí eu, na quarta-feira, já de hábito agostiniano, muito usado pelos agostinianos daqui (dos locais frios em Colômbia).

Vista de parte de Suba, um dos bairros de Bogotá (norte da cidade, de onde se sai para ir até onde estou agora: o mosteiro El Desierto de la Candelária) onde estão as irmãs agostinianas missionárias, onde tem um colégio agostiniano, uma paróquia e um campus da universidade agostiniana.

Eu conheci Bogotá pela primeira vez em dezembro de 2004. Em janeiro de 2006, logo depois de terminar meu noviciado onde agora estou trabalhando, passei uma semana na capital da Colômbia e pude conhecer bem a cidade.

Desta vez, os frades me levaram para conhecer algumas coias que eu ainda não conhecia: a universidade dos frades agostinianos, o novo colégio Tagaste, a reforma (ainda em andamento) do ex-seminário de teologia que agora é um campus da universidade e as irmãs agostinianas missionárias.
Vista parcial de Suba, desde o "quintal" da casa das irmãs agostinianas missionárias.

Não tenho fotos com os frades que me acolheram de maneira maravilhosa pois eles todos estavam muito ocupados e eu não quis atrapalhar.

Dei uma volta pelos arredores da casa provincial, onde fiquei hospedado nestes dois dias, na sexta de manhã. Havia parado de chover. Vejam que beleza de ciclovia. A marcela iria gostar muito de vir por essas bandas.

O Transmilenium é o sistema de transporte de metrô de superfície. Ainda não serve toda a cidade, mas já é um bom começo.

As estações do transmilenium se localizam no centro das avenidas e as vias centrais são destinadas exclusivamente aos ônibus do sistema. As vias laterais são destinadas aos carros, motos, caminhões, bicicletas, etc.

Vejam que beleza: os ônibus transitam livremente, e assim vão rapidamente de um lugar ao outro.

A casa Provincial, onde fiquei hospedado, está construída em cima do que foi um lixão. A exemplo de um Shopping Center em São Paulo (que foi até interditado uns dias por causa do acúmulo e escape de gazes do lixão subterrâneo), é preciso liberar os gazes para que a casa e os arredores não explodam ou que as pessoas sejam contaminadas com os gazes produzidos pelo lixo enterrado. Na propriedade da casa Provincial tem duas chaminés que fazem com que os gazes saiam de seu confinamento subterrâneo e sejam queimados antes de atingir e poluir a atmosfera.
Aí estão duas chamas que estão sempre acessas. Assim, o perigo não se concretiza.

Tem um pequeno viveiro na casa com uma boa variedade de pássaros.

Imagem da Virgem da Candelária, patrona e protetora e que dá nome à Província: Nuestra Señora de la Candelaria.
A imagem fica no jardim interno (claustro) que é muito bonito.

Olha eu aí, já bem menos vermelho do que quando cheguei.
Um dos corredores da casa. Este dá acesso à capela.
Imagem no chão, bem em frente à Capela onde a comunidade faz as orações e celebra missas internas.
Pena que a luz intensa e a simplicidade da máquina não ajudaram a fazer com que os vitrais ficassem mais nítidos.
O teto da capela tem um desenho bem interessante.

Aqui, já na sexta-feira, em viagem para o mosteiro. Aproximadamente 180 km de Bogotá. O que se vê em amarelo são bicicletas com três rodas e um compartimento traseiro, coberto, para transportar pessoas. Bem interessante essa prima adaptada da marcela.
Bogotá é uma cidade ótima para se andar de bicicleta: é plana em sua maior parte e tem um bom número de ciclovias.

Nesta parada na estrada, tentei tomar café com leite, mas o leite havia acabado. E isso que o comércio é de laticínios. Pode chover à vontade que a vaca está protegida.
Coitadinha dela. As tetas estão todas tortas.
Vejam que lástima, um verdadeiro desastre.

Em frente ao comércio onde paramos para esticar as pernas e fazer um lanche. Dali algumas horas estávamos no Desierto. A partir das próximas postagens, notícias e fotos desta minha estada no mosteiro El Desierto de la Candelária.

Fui... mas voltarei

quinta-feira, 20 de outubro de 2011

Franca (Brasil) para Bogotá (Colômbia)

Para a Colômbia,
(quase) direto de Franca

Em um de meus últimos trabalhos com as pastorais

Este é o guarda que deixo aí para cuidar de vocês: comportem-se.
Vejam a cara de mau-au que ele tem.

Na rodoviária de Campinas, até pouco tempo atrás era preciso pagar (R$ 1,25) para fazer uso deste banheiro. Sem saber que agora não precisa mais pagar para usar e vendo somente este aviso, me dirigi ao bancão de informações para descobrir que agora o uso é gratuito. Sei que o aviso se refere às fichas para tomar banho... mas bem que poderia ter um aviso dizendo que o uso para os números 1 e 2 é gratuito. Procurei por tal informação em frente ao banheiro e não encontrei. Mesmo assim, valeu a caminhada de ida e volta.

Passei por Sousas e despedi-me de minha família. No mesmo dia seguir para São Paulo e passei meu último dia no Brasil com os frades do Teologado Santa Mônica. Desci do ônibus que fez a rota Campinas-São Paulo na marginal Tietê (assim que ele saiu da Anhanguera) e resolvi caminhar até o seminário de Teologia, o Teologado Santa Mônica (a caminhada é de uns 45 minutos), e deparei-me com este cartaz em frente de uma loja que vende móveis de quarto. Se tivesse pego o ônibus, teria perdido a oportunidade de ver tal anúncio.

Caminhar faz bem, em todos os sentidos.

Obrigado, comunidade do Teologado Santa Mônica, pela recepção e confraternização que vocês carinhosamente prepararam para mim.

O voo São Paulo-Bogotá foi direto. Saiu com um pouco de atraso pois havia congestionamento para a decolagem (realmente, o trânsito em São Paulo piora a cada dia, exportando tal fato para as cidades vizinhas, como Guarulhos, onde fica o aeroporto de Cumbica).

A viagem foi tranquila. Como me esqueci de reservar assento antes de chegar ao aeroporto (procuro sempre viajar no assento da janela), acabei ficando na poltrona do meio, entre um argentino (janela, lugar em que eu gostaria de estar sentado) e um norte-americano (corredor). A maior parte da viagem apresentou, pela janela, a visão que se vê na foto acima.

Mesmo não estando no assento da janela, não deixei de tirar algumas fotos. O argentino foi muito gentil em se espremer um pouco em sua poltrona para que eu pudesse tirar as fotos. Aqui, já chegando em Bogotá. A vista é sempre linda de dentro de um avião. A maior parte do tempo a velocidade foi de aproximadamente 900 km por hora. Nem a marcela (minha ex-bicicleta) conseguiria tanto assim.
Periferia de Bogotá e eu já esperando chuva e temperatura de 15 graus na Capital da Colômbia.
Olha eu aí, todo vermelho. O avião estava lotado. Pelo que percebi, tinha um ou dois assentos vagos... ou não. É possível que os dois supostos passageiros estivessem nos banheiros do avião. Várias vezes viajei com lotação. Do jeito que a coisa vai, logo logo haverá gente viajando em pé.

Aqui, já bem próximo do aeroporto El Dorado, em Bogotá.
Já quase tocando o chão. Nas quase 100 viagens que já fiz de avião, nunca perco a maravilhosa sensação de sentir o avião tocar o chão. Para mim, é aí que termina a viagem, e olha que não tenho medo de voar. A duração da viagem foi o esperado (6 horas), com uns 40 minutos de atraso por causa do atraso na saída do aeroporto de Cumbia no Brasil.

No trajeto do aeroporto para a Comunidade Agostiniana onde estou hospedado e onde ficarei por esses dias, deparei-me com várias pessoas andando de bicicleta na ciclovia (ciclorota, para eles), longa e bem sinalizada, e olha que estava chovendo um pouco, com ameaça de mais chuva, como de fato aconteceu mais tarde. Que saudades da marcela, minha ex-bicicleta.

Aqui no quarto onde estou hospedado e onde ficarei até sexta-feira dia 21 de outubro, quando me levarão para meu destino na Colômbia: Raquira (pronuncia-se Ráquira), na parte rural do vilarejo. Na zona rural de Raquira está o Mosteiro El Desierto de la Candelária, com o santuário mariano Nuestra Señora de la Candelária (Nossa Senhora das Candeias), onde ficarei até o início de janeiro de 2011.

Dia 9 de janeiro volto ao Brasil (passagem já comprada) para participar do Capitulo (reunião que acontece a cada quatro anos) Provincial da Província Santa Rita de Cássia. Depois do Capítulo saberei onde será minha próxima etapa nesta vida maravilhosa que é ser sacerdote e frade agostiniano recoleto.

Aguardem por mais notícias, de agora em diante com mais frequência e com destaque a este período em que estarei no mosteiro e casa de formação para futuros frades e sacerdotes El Desierto de la Candelária