quinta-feira, 25 de agosto de 2011

A Virgem de Guadalupe: desafio à ciência moderna - sexta parte

Padre Quevedo comenta o fenômeno de
Nossa Senhora de Guadalupe

Introdução:
Entre os dias 9 e 12 de dezembro de 1531, no México, cerca de uma década após a chegada dos conquistadores espanhóis liderados por Hernán Cortez à América e da queda de Montezuma e seu Império Azteca, o índio Juan Diego – então com um nome espanhol, pois era um dos poucos índios convertidos ao catolicismo – tem uma série de visões de Nossa Senhora. Ela diz para que Juan Diego solicite ao bispo local que construa uma capela naquele exato lugar que, hoje sabe-se, trata-se do centro geográfico da América.

De acordo com a história, devido a relutância do bispo em acreditar no índio, a imagem de Nossa Senhora imprime-se misteriosamente num tipo de pano que é carregado constantemente pelos aztecas.
Desde então, cientistas do mundo inteiro puderam realizar análises no aiate de Juan Diego, que permanece conservado até hoje, quase 500 anos depois.

O padre Oscar Gonzáles Quevedo – popularmente conhecido como padre Quevedo – comenta os misteriosos fenômenos nessa entrevista realizada no Centro Latino Americano de Parapsicologia (Clap) – www.clap.org.br – no dia 22 de fevereiro de 2010.
A entrevista foi realizada em vídeo, posteriormente editada em quatro partes e postada em naldogommes’s Channel.


A imagem de Nossa Senhora de Guadalupe


Pelo fato de ter sido produzida para vídeo, algumas lacunas foram preenchidas com pequenas notas que a complementam. Essas notas estão sempre entre os sinais [ e ].

Naldo Gomes: Quem foi Juan Diego e o que aconteceu na vida dele entre os dias 9 e 12 de dezembro de 1531?

Padre Quevedo: O índio Juan Diego era um oleiro, trabalhava com óleo. Ele era de uma família que estava querendo converter-se ao catolicismo. Então ele ia para uma cidade distante, para [poder encontrar] os franciscanos. Tinha que rodear o lago Texcoco, subir o monte Tepeyac e depois encontrava a capela dos franciscanos para fazer o catecismo.

Ia, ia, ia e claro, com esse entusiasmo. E ele era um viúvo cinquentão, tinha cinquenta e tantos anos. Tudo isso está escrito no livro, eu não me lembro… Se há alguma coisa que lhe interessa depois você me pergunta. Também não vai publicar assim, depois você reedita, não é? [Quevedo gesticula mostrando os dedos como se fossem tesouras].

Naldo: Isso mesmo. Depois eu pego as melhores partes porque o Youtube disponibiliza apenas dez minutos para a postagem de filmes.

Quevedo: Ya… Então, esse Juan Diego, de 57 anos, teve no dia 9 de dezembro de 1551… 1500… Perdão. Em 1531, ele viu. Não há aparições. É absurdo pensar que o sol está nas costas. Não cabe [Quevedo aponta para um quadro onde está uma fotografia da imagem original de Nossa Senhora de Guadalupe]. Ou que tantas estrelas… Absurdo, não cabe nem meia. A lua aos pés… Não cabe. Então, isso é a imaginação do índio. São os deuses dos índios. O deus Sol. A terrível Quelzalcoatl, a lua, a deusa violenta.

Tem alguma inspiração bíblica nessas comparações. E com um manto de rainha, tanto as cores… E tem uma série de hieróglifos no manto que, os aztecas entendiam muito bem. Mas isso aí é a imaginação dele. Ele [Juan Diego] viu isso, ouviu com entusiasmo essa alucinação porque não se pode aparecer. Deus não vai mentir dizendo que o sol e as estrelas e a lua… É a imaginação do índio.



E (Nossa Senhora pediu em sua visão] que queria lá uma capela. Que Juan Diego conversasse com o bispo Juan de Zumárraga. Mas Zumárraga nem ligou, não deu a mínima:-

Que coisa tão absurda, imaginação de índio – [duvidou].

Teve [Juan Diego] uma segunda visão dia dez do mesmo dezembro de 1531, [com Nossa Senhora] insistindo [no pedido], mas o bispo não acreditou e tal. [Ela] volta, na imaginação dele. A [imaginação do índio] projetou que a Nossa Senhora lhe dizia: “Volta que [o bispo] vai acreditar”. Voltou e [o bispo] nem o recebeu. Então [Juan Diego] desanimou e fugiu.

Dia 11 não há nada, fugiu. Dia 12, mesmo fugindo de novo, em termos, porque o tio de Juan Diego, chamado Juan Bernardido…. Juan Diego, Juan Bernardino, Juan de Zumárraga… Todos eram Juans [Quevedo brinca e sorri]. O tio de Juan Diego, [chamado] Juan Bernardino, estava desenganado por todos os médicos espanhóis que já tinham lhe tirado partes do corpo em cirurgias, estava morrendo e também viu, de tanto conversar com o seu sobrinho sobre a imagem. O assunto é que recuperou tudo o que cirurgicamente lhe tinham retirado, se levantou, recuperou as forças e todos os médicos espanhóis foram até o bispo Juan de Zumárraga:


- Olha, essas coisas que disse o índio não são bobagem porque, olha o que aconteceu com Juan Bernardino. – [argumentaram os médicos].

Dizem que nós espanhóis temos a cabeça dura, mas os bascos, nem com britadeira! [Quevedo solta uma gargalhada] Juan de Zumárraga era um basco.

- Que nada, esse é outro índio. Quero aquele indinho que está lá. – [retrucou Zumárraga].

Bom, então, Juan Diego foi agradecer. Em parte fugindo e em parte agradecer a cura de seu tio, porque já na primeira entrevista Juan de Zumárraga havia dito:

- Ah, que você viu isso é bobagem. Milagrinho, milagrinho, que sem milagrinho não tem basílica.

E [esse é um dito de] nada menos que o papa mais sábio da história. Próspero Lambertini é um caso de ciência infusa. Já quando criança sabia tudo. Chamavam um congresso, um concílio de teólogos que não se podia dar conta:

- Chamem Próspero Lambertini!

[E ele] criancinha, “pi, pi, pi”, convenceu a todos. E depois foi papa, Bento XIV. Então, já dizia: O critério único suficiente necessário para aceitar uma revelação é o milagre. Ele falava em latim: Criterium unicum sufficiens et necessarium revelationois suae. É o milagre! Então, naquela época, século XVI era a época da cultura religiosa, espanhola, européia. Então, milagrinho, milagrinho, que sem milagrinho não tem basílica. Senão, com tantas visões, tantas alucinações, tantas imaginações… [Quevedo soca a mesa] milagrinho!

O fenômeno é natural, claro. Mas será que não deve ser especialmente providencial? Que Deus está servindo das alucinações de Fátima, das alucinações de Guadalupe, das alucinações de Lourdes, uma coisa na rocha que primeiro acharam que era a superiora, depois…

São fenômenos naturais. Não há aparições. Do além para o aquém, não volta ninguém. Não há aparições. Isso é muito bem demonstrado pela parapsicologia. Mas poderia ser que Deus se servisse de um fenômeno natural. Então, seria natural e especialmente providencial. Então, que assinem! O critério único é o milagre.

Então, ele [Juan Diego] foi lá agradecer a cura de seu tio e dizer que o bispo [Zumárraga] pedia um milagre. [E então], dia 12 de dezembro, em pleno inverno mexicano, apareceram rosas de Toledo…

Rosas de Toledo, de carro uma meia hora ao sul de Madri, na Espanha, são as melhores do mundo com muito… Se diz metaforicamente que Toledo tem nove meses de inverno e três de inferno. No inverno existe neve, frio, neve. E depois, durante três meses, não aparece uma nuvem nem que a pintes. E um calor… No alto de Castela. E é isso o que querem as rosas: água por baixo e nove meses de neve. As rosas de Toledo chegam até esse tamanho [Quevedo gesticula], a largura do meu corpo. E um aroma fantástico, são as melhores do mundo!

Em pleno inverno mexicano foram brotar rosas de Toledo? Que era também no inverno espanhol. Como poderiam brotar? Pergunte a Deus como Ele fez isso por ordem de Nossa Senhora.

E então, com seu cobertor que era de aiate. Aiate era um pano que usado não aguentava mais de cinco anos, pois era muito quebradiço. Guardando numa gaveta com naftalina pode chegar até uns 20, 21 anos, mas também se desfaz. E [o aiate de Juan Diego] está lá desde 1531. Já aguentou milhares de mãos tocando, terços tocando. E durante muitos anos em que esteve exposto, não estava protegido. No lado direito [Quevedo aponta para o quadro na parede], não sei se aí aparecerá, jogaram ácido de corroer metais. Uma gota atravessa a perna de um cadáver. Uma gota não, não chega. Mas duas gotas atravessam a perna de um cadáver. Jogaram lá, caiu do lado direito, aí não se nota. Me empresta esse livro… [Quevedo pede o livro “A Virgem de Guadalupe – Legado Divino ou Pintura Humana”, onde há uma imagem de Nossa Senhora de Guadalupe]. Aqui se nota muito bem. Do lado direito nosso tem o ácido, mas não pega nada da imagem. Duas gotinhas do outro lado. No aiate, de perto se nota. Afastando-se um pouquinho não se nota nada. É ácido de corroer metais.

E assim, tantas outras coisas aconteceram. Um comunista espanhol foi lá. Um ateu. Foi lá, isso é relativamente recente, digamos. Aqui está tudo misturado, não é? Desculpa… [Quevedo procura alguns dados no meio de documentos que estão espalhados sobre sua mesa].

Naldo: Não tem problema algum padre…

Quevedo: Bom, então, é… Na época do comunismo, recente… Do comunismo e do ateísmo que impunha-nos as autoridades mexicanas, este senhor espanhol, entrou a noite na basílica com uma cesta de rosas e todo mundo [Quevedo imita a reação das pessoas]… Não rosas de Toledo, claro, mas…

- Olha! Olha! Olha! – [o povo fica espantado].

E colocou [as rosas] sobre o altar.

- Que devoto!

As três da madrugada: “PLAFT”. Era uma bomba disfarçada com as rosas. O altar, poeira. O crucifixo que ainda hoje se conserva, saiu disparado feito um oito. Coisas que estavam por trás da imagem, estragadas. Os vidros, estragados. E a imagem, nada. Nem um mínimo raspão. Fantástico!

E então, milagrinho, milagrinho. E conseguiu esse milagrinho que se conserva até hoje com todos os ataques…

Juan Diego foi até Juan de Zumárraga [agora com o aiate repleto de rosas de Toledo colhidas por solicitação de sua visão de Nossa Senhora] e ao fazer assim [abrir o aiate], caíram as rosas e “PAF”, ficou impressa a imagem.

Os melhores cientistas do mundo, especialistas como, por exemplo, Richard Kuhn, deve estar escrito ali [aponta para um livro], Richard Kuhn. Duas vezes Prêmio Nobel em Química – em 1938 e 1945 – demonstrou que não é tinta vegetal, nem animal, nem mineral, nem sintética. Então, como que está aí se não é tinta? A Kodak disse que é parecido com uma fotografia, mas que não é fotografia, não impressionou o tecido. E olhando por detrás, eu estive lá oito vezes. Está coberto agora com um cofre, mas me deixaram. Se vê, através dos buracos do cobertor, coisas que os índios pintaram em cima, o anjo, aquelas coisas em preto que pintaram e tal, se vê. Mas a imagem não se vê, se vê o público. Então, pesquisadores norte-americanos comprovaram.

Primeiro 1751…

Naldo: Padre… Só uma pergunta sobre isso. É uma pergunta do público da internet. Onde estão os dados desse estudo do Richard Kuhn?

Quevedo: Está tudo lá na basílica. A antiga basílica que estava se afundando, mas agora já seguraram e a converteram em museu. Então, esses dados estão escritos lá. Nem vegetal, nem mineral, nem animal, nem sintética. [O estudo da] Kodak também está lá, não é foto, não impressionou o tecido. Estava dizendo, por detrás é transparente e se vê só o que os índios acrescentaram e o público, mas a imagem não se vê nada.

Então, parapsicólogos norte-americanos:

- Mas como é isso? – [não acreditavam].

Então foram ver e encontraram outra surpresa. Entre o cobertor… Entre o aiate e o que os índios pintaram, se passa com raios laser. Está no ar! E não tem nada.

Naldo: Esses dados também estão no museu?

Quevedo: Tudo lá. E em vários… Temos aqui na biblioteca livros de pessoas que estudaram isso e citam todos os dados. Livros que se publicaram na época e tudo o que se conserva agora.

Então, em 1751, nenhum traço de pincel, nem de instrumento. Em 1989, 40 fotos em infravermelho e 60 fotos por computador e não tem esboço embaixo, nem preparação para pintar e não há a mínima correção, fora o que os índios acrescentaram. Onde acaba uma cor começa outra. Não tem uma coisa sobre a outra, é tudo perfeito. O manto está em relevo, então, em algumas curvas… [Quevedo levanta-se]

O manto que está em baixo e por cima tem estrelas retas porque por cima do manto tem outro manto transparente.

Se vê cabelo por cabelo em relevo, cílio por cílio. E ao analisar os cílios houve um pesquisador que disse que…

Ah já me lembrei do nome daquele espanhol que soltou a bomba… Foi dia 14 de novembro de 1921, o tal do Luciano Pérez por ordem do governo de Plutarco. Voltando ao tema, você depois vai corrigir, não importa, não é?

Voltando ao tema. Como é que se conserva tudo isso aí?

Houve um pesquisador que disse:

- Eu deixei a minha fé na porta.

Ele era praticamente ateu. Não ateu, mas… Não praticante. E entrou para ver e se concentrou nos olhos, a ver os cílios.

- Luz! – pediu, e a retina [da imagem de Nossa Senhora] se fechava.

- Menos luz! – solicitou, e a retina [da imagem de Nossa Senhora] se abria.

Isso já havia sido pesquisado por outros parapsicólogos. E este:

- Não pode ser! – [duvidava] e foi lá para ver – Que nada, esses são católicos. Parapsicólogos católicos. Eu vou lá ver.

Então ele acabou comprovando e fez uma análise do olho vivo, que reage. E em certo momento pediu:

- Senhora, queira olhar um pouquinho mais para cima? – E nem caiu na conta de que estava analisando uma pintura. Então, ele e outros depois, foram para ver, tocar… E tem pulso! E tem temperatura!



Até 1647 esteve desprotegida, 116 anos. Então, aguentou as velas, a umidade do lago Texcoco que estragou madeiras, prata, até ouro. O bronze não aguenta mais do que um século naquela umidade. E ela aguentou desde então.

Agora está, desde 1753, protegida por um vidro a prova de balas, porque… Em 25 de maio de 1759, o ácido para corromper metais… Luciano Pérez, 14 de novembro de 1921…

Bom. Os olhos, ampliando dez vezes é apenas perceptível que tem uma imagem no olho. E então, pensaram que seria Juan Diego. Ampliando 25 a 50 vezes, claramente se vê um homem com barba e a mão direita na barba e a mão esquerda na espada, olhando para o lado.

Em 1981, o doutor Aste Tonsmann – todos esses dados constam lá [na antiga basílica que hoje é um museu] – fez uma ampliação, dividiu os olhos, usando grandes computadores da NASA, em 27.778 microquadradinhos. E cada microquadradinho os ampliou até 2.000 vezes. Então se vê, em ambos os olhos, a imagem, no lugar, na curvatura, no relevo, nas cores, se vê num canto um índio sentado com seu calção, um larete. Mais a esquerda desse índio se vê Juan González, mais um Juan. Juan González, o intérprete. Depois do Juan de Zumárraga, o bispo. Depois, São Juan Diego fazendo assim [Quevedo gesticula a posição em que o índio abriu o aiate e despejou as rosas de Toledo]. E depois, uma negra. Aí os pesquisadores:

- Não pode ser!

Porque nas leis espanholas da época quem matasse outra pessoa ganharia a perpétua. Mas quem fizesse um escravo, pena de morte. Então, como podia haver uma negra no México? Então, pesquisaram, pesquisaram e se comprovou que os portugueses tinham dado a Hernán Cortez [conquistador espanhol que derrubou o Império Azteca] uma escrava como presente. Hernán Cortez não podia recusar, mas também não podia ficar. Então deixou com Juan de Zumárraga que, a tinha como mordoma do Palácio.

Depois [voltando para a ampliação dos olhos da imagem de Nossa Senhora de Guadalupe] se vê um espanhol, que não se sabe quem é… Esse que segura a barba está com a mão esquerda na espada olhando para lá… E na menina dos olhos tem uma família de índios. A índia segurando um bebê sobre um pano [nas costas] tem a mão direita sobre uma menina, de frente um índio. Tanto este índio como Juan Diego usam um chapéu de cone, que usavam na época para gala.

Ambos os olhos têm tripla imagem, em relevo, a cores… Que que é isso, não é?

E houve outros inúmeros milagres. A imagem do olho direito é igual a do olho esquerdo. No olho de Juan de Zumárraga se vê Juan Diego. No olho de Juan Diego se vê Juan de Zumárraga. No olho do índio se vê toda a cena. Algo fantástico.

Naldo: Padre, mais duas perguntas: As 60 fotografias para computador e as outras 40 em infravermelho estão acessíveis ao público no museu?

Quevedo: Sim.

Naldo: Outra dúvida, que é uma dúvida de algumas pessoas que acessam a internet, que leem essas histórias e dizem:

- Ah… Isso aí é… Cada um vê o que quer nisso aí…

Quevedo: Quem afirma experimentou, comprovou, com toda a aparelhagem e tem os documentos lá. Quem nega, nega porque não lhe cabe na cabeça. Não tem nada na cabeça, é idiota. Nós não podemos estudar as coisas por preconceito, isso não é científico. Temos de despirmo-nos de tudo e a partir da realidade tirarmos as ideias. Não por preconceitos, negar a realidade, como fazem esses senhores com isso aqui e em outros casos.

- Não, não pode ser! – dizem. E começam a inventar.

Recentemente um, atacou o lençol de Turim…

Naldo: Depois uma leiga foi lá e disse:

- Vocês tiraram a amostra do lugar errado.

Quevedo: Não lhes cabe na cabeça, então, negam e inventam. Provem o que estão afirmando! E o que se afirmava contra você está comprovado. Provem! E refutem todo o outro! Esses que negam que provem o porquê negam. Não lhes cabe na cabeça. Cabe na cabeça de um pernilongo.

Naldo: Padre, o senhor poderia explicar o que significam aqueles códigos que estão no vestido da Virgem?

Quevedo: Ya… É uma simbologia azteca. Eles entendem. E eu entendo alguma coisa, mas é muito difícil de entender. O assunto é que quando se comprovou o milagre, Juan de Zumárraga… Inclusive o milagre do índio, que estava numa procissão e os índios celebravam com flechas e uma flecha atravessou o pescoço de um índio que morreu, acabou a festa. Mas chegando na ermida, a flecha pulou, o índio se levantou, mas ficou uma marca. Isso é muito típico em Lourdes. Sempre fica uma marca, sem estragar nada, mas para que se comprove durante toda a vida. E quantos testemunhos, muitos dos quais, estão escritos até hoje, se conservam até hoje.

E, então, eles entendem… É uma explicação completa de toda a doutrina católica. E então, se batizaram 10 mil índios por dia, numa época em que Lutero afastava tantos milhões de pessoas do catolicismo e… Nossa Senhora [trazia]… Outros milhões. Todo o povo azteca, até hoje, impossível encontrar um índio azteca pagão. E [por conta dos códigos no vestido] se entendeu o catolicismo e os franciscanos batizaram 10 mil por dia, sem precisar instruir, porque aí havia todo o comprovante e eles entendiam. Que mais?

Naldo: Tem uma rosa ali no meio do vestido…

Quevedo: Acima?

Naldo: Na parte de baixo.

Quevedo: Onde? [Quevedo levanta-se e aponta para a parte da imagem onde há um anjo]. Isso foi acrescentado. E nos arabescos tem uma rosa que para mim não significa nada, isso eles que entendem. E, os deuses dos aztecas reverenciando-a. Mas ela não é deusa. Ela está com as mãos juntas adorando o fruto do seu ventre. Porque quando a rainha dos aztecas estava grávida colocavam um pano branco e aqui está preto porque foi pintado. Adorando a quem? Está grávida. Imagine Nossa Senhora grávida, isso é imaginação do índio. Aqui em cima tem uma cruz, tal como estava nos estandartes dos espanhóis. Toda a mentalidade do índio e suas preocupações, mas, Deus fez o milagre da impressão até hoje.

- Ah! Mas que imaginação! Que imaginação! – [duvidam].

Como é que se conserva esse aiate por tantos séculos? Como é que tem temperatura? Como é que tem esses olhos vivos? É um milagre atrás do outro. Além da quantidade de milagres que há em Lourdes, em Guadalupe.

Bento XIV estudou. Bom, ele não estudava nada e sabia tudo por ciência infusa. E a respeito de Guadalupe diz que tantos milagres como Deus fez, assinando… Não fez Deus com nenhuma outra nação.

Então, esses que negam que expliquem os milagres, que expliquem essas coisas, que refutem.

- Não pode ser. – [falam].

Vai estudar! Com teoria não se vai contra os fatos, porque dos fatos é que se tiram as teorias.

Naldo: A Igreja disponibiliza o poncho para mais análises com equipamentos mais modernos?

Quevedo: De vez em quando. Muito raramente. Eles dizem:

- Não tentar a Deus.

Há muitos milagres, mas não vamos provocar. Se da primeira vez não conseguimos, então, Deus sabe o que vai fazer. Durante anos permitiu, muito. E quando vem um pesquisador como esses que estou citando aqui em 1981, permite. Senão, está tudo hermeticamente fechado para que não se repita aquele espanhol… Não aconteceu nada, mas não vamos tentar a Deus.

Naldo: A gente sabe que antes dos espanhóis chegarem à América, os índios tinham uma religião. Eles decapitavam, sacrificavam pessoas…

Quevedo: A imagem de Nossa Senhora de Guadalupe está ao lado do lago Texcoco e em frete está, se passa, ao monte Tepeyac. Na parte de cima no Tepeyac havia uma igreja deles onde matavam meninas de 15, 16 anos.

E o que significa Guadalupe? Significa “perdida no rio”, porque na Espanha, na época dos Mouros, jogaram uma imagem e a encontraram no rio. Mas o nome [de Nossa Senhora de Guadalupe] era Tequatlaxopeuh, que significa: “aquela que afugentou os que nos matavam”. E onde foi vista, em Tepeyac, matavam as meninas de 15, 16 anos e ofereciam aos seus deuses. O deus Sol.

E foi para Juan de Zumárraga:

- Nossa Senhora de Tequatlaxopeuh, Tequatlaxopeuh, Tequatlaxo… Te… Te… Te… Tequatlaquê? – [Zumárraga não conseguia pronunciar].

Então, ficou Guadalupe que era mais fácil. Mas na realidade é Nossa Senhora de Tequatlaxopeuh, e assinada com tantos milagres.

Naldo: Na opinião do senhor, porque Deus faz esse tipo de milagre? Para convencer os ateus?



Quevedo: Isso é a minha especialidade. Além de quatro livros sobre os milagres, alguns dos quais estão aqui [Quevedo levanta-se para mostrar alguns livros]: “Milagres – A Ciência Confirma a Fé” e “Os Milagres da Ciência”. Além destes dois livros, tenho outros. É a minha especialidade, não é. E se quiser um resumo, basta esse: “Alguns Milagres”.

Então, os milagres são muitíssimos. Milhões e não estou exagerando. Estou publicando no site, publique o site:www.clap.org.br. Já publiquei cinco, seis livros sobre os milagres e tinha planos, fichas [Quevedo abre algumas gavetas] preparadas para os 12 volumes sobre os milagres, mas vou publicar no site.

Toda uma doutrina e só ela, está assinada por milhares de milagres. Toda ela e cada item. Eucaristia, quantos milagres. Devoção a Nossa Senhora, quantos milagres. Intercessão dos santos, mesmo em vida, quantos milagres.

Imagens… Os protestantes, com boa vontade:

- Ah, mas isso é idolatria. – argumentam.

Não há nenhum católico tão ignorante, nem tão bobinho, que adore uma imagem. Adora o que a imagem representa, se ele é Cristo, tal. E veneram ao que a imagem representa. Mas nos atacam dizendo que nós adoramos imagens. Atacar sem argumentos… Ninguém acredita que adora uma imagem. Mas as que estão proibidas na Bíblia, as imagens com ídolos que eram considerados deuses e [o povo] adorava essas imagens… Isso é o que está na Bíblia, isso é o que se condena. E há tantos milagres de cada imagem. Então, tudo, tudo, tudo, temos milhares de milagres, toda a religião e cada item. E só ela.

Em debates com protestantes, exotéricos, ocultistas, tenho que dizer a verdade. Não estou querendo molestar, pelo contrário. Quero que reflitam para ver qual é a religião que apresenta um milagre.

- Todas as doenças têm origem no demônio. – [afirmam alguns pastores].

Fizemos um inquérito com 4.000 pastores evangélicos que expulsam os demônios e quando eles estão doentes, nenhum vai a outro pastor para que lhe expulse o demônio. Vão aos médicos, por que será?

Temos tantos milagres, por exemplo, Pierre de Rudder. Cortaram a perna, enterraram a perna e, rezando a Nossa Senhora, recuperaram a perna. No sepulcro só ficaram os sapatos. (…)

Naldo: Qual a mensagem final do senhor para o público da internet?

Quevedo: Queridos que gostam tanto dos computadores, com todo carinho: O Brasil é o país mais supersticioso do mundo. Cinquenta e seis mil religiões, e seitas, e cada vez aparecem mais. Qualquer iludido, ou qualquer sem vergonha, pode infundir uma loucura localizada e manter ou outros convencidos disso.

Então, porque sou mais brasileiro do que vocês. E porque sou brasileiro há 50 anos porque eu escolhi, me naturalizei. E porque ninguém é perfeito, tenho mais 29 anos de espanhol. Com todo carinho, Brasil: Estuda!

Tenho me dedicado a escrever, escrever, escrever… No site, nosso, www.clap… Clap é a sigla de Centro Latino Americano de Parapsicologia. Então, www.clap.org.br. Aí estou publicando milagres e milagres, refutando todas as superstições e confirmando a verdade. Isso é parapsicologia, o estudo da realidade. E depois cada um interpreta como quer. Cinquenta e seis mil religiões, interpretações, há outros que negam.

Estudo! E a partir da realidade é que se tira essa conclusão de que só o catolicismo é inteiro e cada item está assinado por milhões de milagres. Isto é muito importante. Estamos de passagem, essa vida é nada. Nós somos eternos. E então, absorvidos por estas coisinhas…

Acordem! Estudem parapsicologia, estudem os milagres, analisem o site do Clap, leiam os livros do Clap que estão indicados no site e então vocês deixarão as superstições e compreenderão a verdade que, estamos nesse mundo de passagem. É realmente lamentável esquecermos a eternidade e ficarmos absorvidos por esta vidinha.

Naldo: Muito obrigado padre. Essa entrevista foi muito interessante.

Quevedo: E agora, se você não escolher bem e não publicar bem apanha um feitiço de padre (risos).

quarta-feira, 10 de agosto de 2011

A Virgem de Guadalupe: desafio à ciência moderna - quinta parte

O Mistério do Manto

da Virgem de Guadalupe


A aparição da Virgem de Guadalupe aconteceu em 9 de Dezembro de 1531, nas proximidades da Cidade do México, a então capital do portentoso e deslumbrante Império Asteca. A Virgem apareceu ao humilde índio Juan Diego e pediu a ele que informasse ao Bispo sua vontade de que fosse construído um Templo em sua homenagem no morro de Tepeyac.

O Bispo, ao ouvir o relato do índio, não lhe dá crédito e pede que traga uma prova da presença da Virgem. De imediato começa a crescer um jardim de rosas inóspeto e deserto morro de Tepeyac. O índio Juan Diego colhe estas rosas em seu manto e entrega ao Bispo como a prova requerida. Ao abrir o manto para entregar as flores, elas caem no chão e, no manto, aparece retratada milagrosamente a imagem de Maria.

O Bispo ordenou então que fosse construído o Templo dedicado a Virgem de Guadalupe, exatamente no Morro de Tepeyac, lugar onde ocorreram as aparições.

Na manhã do dia da aparição, 9 de Dezembro de 1531, ocorreu um Solstício de Inverno, símbolo cósmico da ressurreição do Sol, do retorno da vida. Neste Solstício a Terra começa a se aproximar novamente do Sol e, no hemisfério norte, o inverno começa a perder sua força e a luz solar chega ao planeta com maior intensidade. Para muitas culturas ao redor do mundo esta data é de maior importância, e o mesmo não era diferente para as culturas das Américas.


Também impressionante é a descoberta do doutor Juan Homero Hernández Illescas, que comprovou que no manto da Virgem de Guadalupe ficou reproduzido o mapa do céu no exato momento em que ocorreu a aparição, ou seja, na manhã do Solstício de Invierno de 1531.

Estão gravadas no manto as estrelas mais brilhantes das principais constelações visíveis desde o Vale de Anáhuac naquela madrugada de 9 de Dezembro de 1531. As estrelas estão agrupadas de forma impressionante, retratando com exatidão as constelações que testemunham a maravilha do acontecimento.

As informações foram retiradas do livro: “La Virgen de Guadalupe y Las Estrellas”, de Juan Homero Hernández Illescas, Mario Rojas e Enrique Salazar, publicado pelo Centro de Estudos Guadalupanos.

No manto, ao lado esquerdo da Virgem (à direita de quem a vê de frente) estão impressas as constelações do Sul:

Quatro estrelas que fazem parte da Constelação de Ophiucus. Abaixo se observa Libra e à direita, o que parece ser a ponta de uma flecha, correspondente ao início de Scorpius. Ao meio estão assinaladas duas estrelas da constelação de Lupus e ao extremo de Hydra.

Abaixo se evidencia Crux, e à sua esquerda aparece o quadrado ligeramente inclinado da constelação de Centaurus. Na parte inferior, solitária, resplandesce Sirius. No manto, ao lado direito da Virgem encontram-se as constelações do Norte:


No ombro, um fragmento das estrelas da constelação de Bootes; abaixo e à esquerda vem a constelação da Ursa Maior. Ao seu redor estão, à direita acima, os cabelos de Coma Berenices, à direita abaixo, Canes Venatici, à esquerda Thuban, que é a estrela mais brilhante da constelação de Draco. Abaixo de duas estrelas que formam a Ursa Maior, é possível ver outro par de estrelas da constelação de Auriga e ao oeste, abaixo, três estrelas de Taurus. Outras constatações aumentam ainda mais a relevância do Manto da Virgem de Guadalupe.

Quando se mede a temperatura da fibra utilizada para confeccionar o manto, constata-se que ela mantém uma temperatura constante de 36.6 graus, a mesma do corpo de uma pessoa viva.

Um dos médicos que analizou o manto colocou seu estetoscópio sobre a imagem do ventre da Virgem e encontrou batimentos que se repetem ritmicamente a 115 pulsações por minuto, igual a de um bebê no ventre materno.

O engenheiro José Aste Tonsman, do Centro de Estudos Guadalupanos do México, graduado em engenharia de sistemas ambientais pela Universidade de Cornell, estudou durante mais de vinte anos a imagem da Virgem, e divulgou os resultados de duas investigações em uma conferência, onde afirma que a fibra que constitui o manto não permanece consistente, em condições normais, por mais de 20 ou 30 anos. Contudo, depois de mais de 4 séculos a imagem de Maria permanece intacta, mesmo depois de ter permanecido mais de um século sobre uma parede húmida, entre a fumaça de milhares de velas, e manuseada por uma multidão de índios.

Em sua conferência, o doutor Aste afirmou que a imagem da Virgem não foi pintada por mãos humanas, já que não foram descobertos traços de tinta no manto. Quando aproximamos a vista a uns 10 centímetros da imagem, é apenas possível enxergar as fibras cruas. A esta distância as cores desaparecem. Uma emissão de raio laser foi lançada verticalmente sobre o manto e assim se detectou que a coloração não está nem na parte frontal e nem no verso. As cores parecem flutuar sobre as fibras a uma distância de três décimos de milímetro, sem tocá-lo.

Em 1979 os norte-americanos Philip Callahan e Jody B. Smith estudaram a imagem com raios infravermelhos e foram surpreendidos pela ausência de vestígios de pintura.

Callahan e Smith mostraram ademais que a imagem muda ligeiramente de cor segundo o ângulo de visão, um fenômeno conhecido como iridiscência, uma técnica que não pode ser reproduzida com mãos humanas.

Aste Tosman recorda que Richard Jun, prêmio Nobel de Química, através de análises químicas, constatou que a imagem não possui corantes naturais, nem animais, nem muito menos minerais. Já que na época não existiam corantes sintéticos, a origem da imagem é inexplicável.

Por diversas vezes, ao longo dos séculos, foram pitadas figuras sobre o manto, que com o tempo desaparecem por completo, permanecendo apenas o desenho original, com suas cores vivas.

Estudos oftalmológicos realizados nos olhos de Maria detectaram que, ao serem aproximados de um foco de luz, a pupila se contrai, e ao ser retirado este foco de luz retirar la luz, torna a pupila a dilatar, tal como ocorre com um olho vivo. Seus olhos também apresentam refrações de imagem típicas de um olho humano.

O engenheiro Aste também investigou o enigma dos olhos da Virgem. O reflexo emitido pelos olhos da Virgem de Guadalupe é extamanete a cena na qual Juan Diego mostrava ao Bispo Juan de Zumárraga e aos presentes o manto com a misteriosa imagem, em 9 de Dezembro de 1531.

Seus estudos a respeito dos olhos da Virgem começaram em 1979. O pesquisador aumentou as íris dos olhos da Virgem até alcançar uma escala 2.500 vezes superior ao tamanho real e, através de procedimentos matemáticos e ópticos, conseguiu identificar doze pessoas impressas nos olhos.

Nestes mesmos olhos estão refletidas as testemunhas do milagre de Guadalupe, do momento em que Juan Diego mostrava o manto ao Bispo. Os olhos da Virgem contêm o reflexo que teria ficado impresso nos olhos de qualquer pessoa nesta posição.

É possível identificar um índio sentado, que olha para o alto; o perfil de um ancião, com a barba branca e a pronunciadamente calvo, exatamente como o retrato do Bispo Juan de Zumárraga feito por Miguel Cabrera para representar o milagre; um homem mais jovem, provavelmente o intérprete Juan González; um índio con barba e bigode, que abre seu próprio manto ante o Bispo, sem dúvida Juan Diego; uma mulher de rosto escuro, uma serva negra que estaba a serviço do Bispo; um homem de traços espanhóis que olha pensativo cofiando a barba com a mão.

No centro das pupilas, a uma escala muito mais reduzida, é possível ver outra cena, totalmente independente da primeira. Trata-se de uma família indígena composta por uma mulher, um homem e algumas crianças. No olho direito aparecem outras pessoas de pé atrás da mulher.

No ano de 1791 foi derramado acidentalmente ácido mutiático sobre o lado superior direito do manto. Trinta dias depois, sem nenhuma espécie de intervenção, o tecido danificado se reconstituiu. O único sinal deste acidente é uma suave descoloração no local onde foi derramado o ácido.

No dia 14 de novembro de 1921, Luciano Pérez, um anarquista espanhol, cometeu um atentado com explosivos contra o manto, destruindo tudo ao redor, inclusive uma pesada cruz de metal que havia ao redor. O manto permaneceu em perfeito estado de conservação.


Este texto é da autoria de Giordano Cimadon: psicólogo, escrito e professor.

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