domingo, 6 de junho de 2010

Meu primeiro Corpus Christi no Rio de Janeiro

A Arquidiocese de São Sebastião do Rio de Janeiro celebrou Corpus Christi por várias Paróquias da Cidade. Mais de 500 mil pessoas participaram da Solenidade. Só no Centro, cerca de 80 mil fiéis seguiram a procissão na quinta-feira, dia 3 de junho, testemunhando sua fé na presença viva e real de Jesus no Santíssimo Sacramento.

Frei Pedro e eu participamos da procissão no Centro (frei Enéas se encontrava em Muqui - ES). De manhã celebramos as missas na paróquia São Januário e logo depois do almoço partimos para a Candelária, igreja para a concentração dos bispos, padres e fiéis.
O dia começou muito bem. As duas fotos acima são do dia mesmo. Na de cima eu estou no meu quarto e na de baixo, bem em frente à igreja.

Chegamos o mais próximo possível da igreja da Candelária. Boa parte do trajeto fizemos à pé mesmo.
Esta é a avenida Presidente Vargas, uma das mais movimentadas do Rio de Janeiro. É tão estranho ver uma avenida assim, sem carros e onde os pedestres podem reinar sem medo.

Ao fundo, a cúpula da igreja da Candelária.

A concentração aconteceu na Igreja da Candelária, onde o Arcebispo do Rio, Dom Orani Tempesta, presidiu a Oração do Ofício de Vésperas da Solenidade de Corpus Christi, com a participação do Bispo Auxiliar do Rio Dom Assis Lopes e do Bispo nomeado de Tubarão, Dom Wilson Tadeu Jönck, de Sacerdotes, seminaristas, religiosos e fiéis.


Olha nós dois aí: frei Pedro e eu.

Igreja da Candelária, durante o Ofício ...
... e adoração ao Santíssimo.

Após o Ofício, o Santíssimo Sacramento, colocado na custódia usada no 36º Congresso Eucarístico Internacional, realizado no Rio, em 1955, foi levado até o carro-andor, em estilo barroco e usado nesse mesmo congresso. A procissão seguiu pelas ruas do Centro até a Catedral de São Sebastião, onde, num palco montado na Avenida Chile, foi concedida a benção com o Santíssimo Sacramento.

Avenida Presidente Vargas, vazia de carros. Be-le-za!

Carro-andor e participantes, pouco antes do início da procissão.
O carro-andor, puxado por uma guarnição de marinheiros, foi acompanhado por uma guarda de honra formada pelos Adoradores Noturnos, por soldados do Regimento de Polícia Montada da Polícia Militar e da Companhia Independente do Palácio Guanabara, com uniforme do Império, além de escoteiros e da Guarda de São Sebastião.

Durante o trajeto, havia vários pontos de coleta identificados com a inscrição "Entregue aqui seu alimento", que receberam doações levadas pelos fiéis, e que serão distribuídas às Pastorais Sociais em diversas Paróquias da Cidade. As pessoas também puderam contribuir no posto montado na Catedral. O evento foi transmitido ao vivo pela Rádio Catedral FM 106,7.

Um trio elétrico e dez carros de som acompanharam o cortejo, para que os féis pudessem ouvir e participar dos cânticos e orações. Pela primeira vez, na Avenida Chile, foi montado um tapete impresso de 400 metros, no qual estavam ilustrados mais de 60 quadros com símbolos eucarísticos e outros alusivos ao Ano Sacerdotal. Sobre ele passou o Arcebispo, que descendo do carro-andor, seguiu a pé até a Catedral, levando o ostensório com o Santíssimo Sacramento.

Levemos Jesus à Cidade

Da Candelária à Catedral, os fiéis, em oração, refletiram sobre a presença de Jesus Cristo na vida e na missão da Igreja. Foram lembrados o Ano Sacerdotal, o Congresso Eucarístico Nacional, realizado em Brasília no mês de maio, e a preparação do 11º Plano de Pastoral de Conjunto da Arquidiocese do Rio.

Os Padres Jorge Luiz Neves Pereira da Silva, Padre Jorjão, e Paulo Cardoso conduziram a reflexão dos fiéis, que rezaram pela paz no mundo, pela Igreja e pela pobreza.

Antes de cada oração, refletiam sobre a presença real de Jesus em diversas situações da vida da Igreja: no Santíssimo Sacramento, na comunidade, na Palavra de Deus, na oração, nos pobres e sofredores.
Passando ao lado da Catedral do Rio de Janeiro.

Ao chegar ao palco armado em frente à Catedral, Dom Orani se dirigiu aos fiéis e, antes de conceder a benção com o Santíssimo, dedicou aquela celebração às pessoas que sofreram esse ano a perda de familiares e residências, vítimas das chuvas que atingiram o Estado e a Cidade do Rio de Janeiro.

Dom Orani rezou pelas vocações, pelos Sacerdotes, pelos governantes e por todos os que, por desconhecerem a Cristo, vivem distantes do plano de amor de Deus para o mundo. Em seguida, enviou os fiéis em missão. “Somos enviados a essa grande Cidade para levar vida às pessoas. No mundo confuso em que vivemos hoje, levamos essa benção do Santíssimo, testemunhando em quem nós cremos, em quem colocamos nossa esperança”, disse o Arcebispo. Ao final da benção, conclamou:

- Olhemos para o horizonte dessa nossa grande Cidade, onde está a nossa missão de anunciar a Jesus Cristo e de testemunhá-Lo levando paz, fraternidade, vida nova a todos e ao interno da Igreja. Unidos, não deixemos que as questões que existem dentro, com relação aos ritos da celebração da Eucaristia, nos dividam. Saibamos ver, na diversidade, riquezas de comunhão entre nós e, ao mesmo tempo, enviados a esse mundo como sal da terra, possamos ajudá-lo a ser ainda mais bonito. Assim como esses tapetes preparados para a Procissão de Corpus Christi, sejamos como João Batista a preparar os caminhos do Senhor, para que ele entre, passe e una esse mundo, levando paz e fraternidade. Sejam todos enviados em missão para evangelizar e que o Senhor sempre os acompanhe.

A celebração da Solenidade de Corpus Christi foi encerrada com uma Missa no interior da Catedral, presidida por Dom Orani.

a maior parte das informações apresentadas acima foram copiadas do site da arquidiocese do Rio de Janeiro. Confira em:

Depois da procissão, frei Pedro e eu voltamos para casa. Após um leve lanche, fui para a praia de Copacabana passear pela praia, de noite. É bem movimentado por lá: tem gente correndo, fazenodo topo tipo de ginástica, jogando e... passeando, comendo, conversando...
... e eis aqui uma visão geral da praia de Copacabana.

Meu primeiro dia de Corpus Christi no Rio de Janeiro: nota 10!

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