terça-feira, 10 de abril de 2012

O Tempo Pascal

Tempo Pascal 2012


O Tempo Pascal compreende cinquenta dias

(em grego = "pentecostes"), vividos

e celebrados como um só dia:

"os cinquenta dias entre o domingo da

Ressurreição até o domingo de Pentecostes

devem ser celebrados com alegria e júbilo,

como se tratasse de um só e único diafestivo,

como um grande domingo"

(Normas Universais do Ano Litúrgico, n 22).


O tempo pascal é o mais forte de todo o ano,

inaugurado na Vigília Pascal e celebrado

durante sete semanas até Pentecostes.

É a Páscoa (passagem) de Cristo, do Senhor,

que passou da morte à vida, a sua existência

definitiva e gloriosa. É a páscoa também da Igreja,

seu Corpo, que é introduzida na Vida Nova

de seu Senhor por meio do Espírito que Cristo

lhe deu no dia do primeiro Pentecostes.

A origem desta cinquentena

remonta-se às origens do Ano litúrgico.



Os judeus tinham já a "festa das semanas" (Dt 16,9-10),

festa inicialmente agrícola e depois comemorativa

da Aliança no Sinai, aos cinquenta dias da Páscoa.

Os cristãos organizaram rapidamente sete semanas,

mas para prolongar a alegria da Ressurreição

e para celebrar ao final dos cinquenta dias

a festa de Pentecostes: o dom do Espírito Santo.

Já no século II temos o testemunho de Tertuliano

que fala que neste espaço de tempo não se jejua,

mas que se vive uma prolongada alegria.



A liturgia insiste muito no caráter unitário

destas sete semanas. A primeira semana

é a oitava da Páscoa, em que já por irradiação

os batizados na Vigília Pascal, eram introduzidos

a uma mais profunda sintonia com

o Mistério de Cristo que a liturgia celebra.

A "oitava da Páscoa" termina com o domingo

da oitava, chamado "in albis", porque nesse dia

os recém batizados devolviam em outros tempos

as vestes brancas recebidas no dia de seu Batismo.



Dentro da Cinquentena se celebra a Ascensão

do Senhor, agora não necessariamente aos

quarenta dias da Páscoa, mas no domingo

sétimo de Páscoa, porque a preocupação

não é tanto cronológica, mas teológica,

e a Ascensão pertence simplesmente

ao mistério da Páscoa do Senhor.

E conclui tudo com a vinda do Espírito

em Pentecostes.



A unidade da Cinquentena que dá também

destacada pela presença do Círio Pascal aceso

em todas as celebrações, até o domingo de Pentecostes.

Os vários domingos não se chamam, como antes,

por exemplo, "domingo III depois da Páscoa",

mas "domingo III de Páscoa". As celebrações litúrgicas

dessa Cinquentena expressam e nos ajudam

a viver o mistério pascal comunicado

aos discípulos do Senhor Jesus.



As leituras da Palavra de Deus dos oito domingos

deste Tempo na Santa Missa estão organizadas

com essa intenção. A primeira leitura é sempre

dos Atos dos Apóstolos, a história da igreja primitiva,

que em meio a suas debilidades, viveu e difundiu

a Páscoa do Senhor Jesus. A segunda leitura

muda segundo os ciclos: a primeira carta de São Pedro,

a primeira carta de São João e o livro do Apocalipse...


Feliz Tempo Pascal

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