quarta-feira, 12 de maio de 2010

Quem tem boca...

... vai à Roma ... se vira em Goiânia ... e em qualquer outro lugar.

Eu particularmente e de maneira muito carinhosa, gosto de ver as nuvens e a terra do alto. Quanto mais alto melhor. As viagens de avião tem-me permitido observar de maneira mais ampla (visivelmente falando) a criação maravilhosa de Deus. Sei que a ciência explica muito bem como é que um objeto tão pesado como o avião pode voar. O que ela não explica, e nem pode "cientificamente" constatar, são as maravilhas da criação criada à imagem de seu Criador: o dom e o poder de construir coisas para melhorar este mundo em que vivemos.

O cientista, mesmo o que se declara ateu, tem sua fé: ele acredita naquilo que vê e pode constatar e pode enquadrar em uma lei científica. Mas ele mesmo sabe que tudo o que vê e constata não pode ser enquadrado em uma "lei". Nestes momentos, o cientista se cala, com ou sem argumentos científicos.

Desta vez minha viagem não é só vocacional no sentido estrito. Visitarei vocacionados em Goiás (Goiânia e Trindade) e participarei do Décimo Sexto Congresso Eucarístico Nacional, que acontecerá em Brasília entre os dias 13 e 16 de maio.

Passei em Goiânia antes de Brasília pois visitaria um de nossos vocacionado nesta cidade, o que já aconteceu, e também partilharia a viagem até Brasília (ida e volta) com padre Francisco, o que acabou não acontecendo. Ele precisou ir antes para a Capital e, assim, eu partirei hoje, de ônibus e mais tarde, para a Capital do Brasil na qual nunca estive antes.

Na foto que aparece acima eu estou em Brasília, no aeroporto, fazendo escala para ir até Goiânia. De dentro do avião tirei essa foto. Brasília está ao fundo, iluminada. Acho que é Brasília pois pode ser uma das cidades satélites. Psicologicamente, é Brasília.

Cheguei em Goiânia sem o apoio que eu tinha até então: o padre Francisco precisou ir para Brasília antes que eu chegasse em Goiânia. O vocacionado não pode estar lá pois, além de ele ter suas aulas na escola, pensou que padre Francisco me buscaria. Sem conhecer nada da cidade, coloquei a boca para funcionar. Sei que táxi é muito mais confortável e rápido... mas conforto e rapidez demais deixa a gente mais "devagar para a vida".

Das opções que me apresentaram, resolvi pegar o bus que vai do aeroporto até a Praça Cívica, já no centro da cidade. Não há ônibus do aeroporto até a rodoviária, o que é uma pensa. Seria interessante ficar perto da rodoviária para facilitar a continuação da viagem depois de fazer a entrevista com o vocacionado em Goiânia. Durante a viagem e conversando com o motorista, mudei de planos. Acabei descendo do bus bem antes da Praça Cívica. Assim, ficaria bem perto da rodoviária. Agora estou aqui, bem próximo da rodoviária, para onde irei mais tarde com destino à Brasília.

De manhã conversei com o vocacionado, pouco antes dele ir para o trabalho dele. Goiânia é uma cidade muito bonita, pelo pouco que vi. Veja na foto abaixo, emprestada da internet, parte da cidade. Quem sabe na volta de Brasília poderei conhecer mais desta cidade que só tem me dado coisas boas ... em tão pouco tempo.

Gostei do transporte coletivo que usei: o bus turístico. Ele é melhor que o convencional, que não usei - ainda. A passagem única custa três reais, que você precisa pagar em moedas ... ou usar o passe eletrônico. A maquininha coleta as moedas e libera a catraca se a quantia estiver certa. Não há cobrador no ônibus turístico. A máquina não aceita notas em papel. Se não tiver moedas no valor correto, é preciso arrumar... ou comprar passe eletrônico individual.

Pois bem, veja só: o bus turístico é mais caro que o regular. Porém, é mais confortável, rápico e seguro. Assim fui informado. Você também pode comprar o bilhete integração: uma viagem no turístico e uma no convencional pelo valor de 4,5o. Já melhorou. Eu não fiz isso pois não sabia. De onde desci até onde estou agora levou mais ou menos uns 20 minutos caminhando, trajeto que eu poderia ter feito pegando outro ônibus. Como ainda era cedo (8 e meia da noite), resolvi fazer o trajeto à pé mesmo. E valeu a pena. Você pode também comprar um passe que lhe dá direito a quantas viagens quiser, durante um dia, no bus turístico. É uma opção interessante pois o bus turístico tem três rotas que cobrem boa parte da cidade e, com o passe, você pode usar qualquer um deles quantas vezes quiser durante o dia. Bagatela o preço para esta opção: 6 reais, o valor de duas passagens.

O ônibus que eu pequei veio com um motorista da hora e muito prestativo. O ônibus conta com um painel computadorizado. Parecia mais estar no painel de um avião que de um ônibus. Tem uma telinha que à primeira vista parece ser um GPS. A tela mostra, pelo que percebi, a rota que ele está fazendo e vai mostrando o tempo da viagem, quanto falta para a próxima parada e etc, etc. Bem que eu gostaria de ter conversado mais com o motorista e perguntar sobre o painel bacana que havia à sua frente... mas o aviso "é proibido falar com o motorista" me impediu disso. Eu já havia conversado com ele bastante.

Goiânia tem sido um lugar bacana, hospitaleiro e com pessoas dispostas a ajudar um forasteiro.

Quem tem boca se vira em qualquer lugar.

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